voltei à montanha onde a luz
está perto das nuvens, e parecem
flores brancas fruídas de maldição,
que as rezas e caminhadas longe
é saber o contexto da palavra;
como sinal do sol é reflectir a alma
perco o sabor da paixão no tempo,
e esculpir o crepúsculo do vento...
vou pegar a minha indignação
ao contrário do vento que me faz
agreste e falador de outro mundo
de formas a cores e tiragens de jornais
processadores agora e jamais...
corre nesta fórmula o desejo de crer
entre mares e costumes e encontrar
as mansas feituras do segundo
velocidade que não dirige a verdade
e suportar os discursos imundos...
o meu interior são pântanos
derreados sobre a loucura
com latas e buracos na sucata
pinturas de merdas sem esmalte
num desejo a voltar ao exterior
numa vida de azul tremeluzida
de música cruzada no ventre
e na voz da estrada dorida;
na respiração das levitações
esquecidas em quedas do infinito
indecisão mental das realidades
e clausura dos anos sessenta.
Minhas mãos te escrevem no corpo,
palavras que me doem no meu;
caminham sempre em escrita cerrada,
e no significado de cada letra diluída,
resta o meu pensamento cansado.
Redonda forma em mar sereno
segreda-me uma só palavra tua,
e repousa na onda a mensagem,
seio de escrita ao sabor da Lua.
coimbra 1967
tanta coisa que não se conhece
havendo tudo que nada que se precisa;
salve-se quem sempre aparece
sabendo tudo que nada interessa
na hora, no tempo, na ideia concisa...
pourquoi un progrè?
et pourquoi une gêne?
MLV.2008
HOMENAGEM AO POETA
da
'Távola Redonda'
Fernando de Paços
[...]Caminhos, onde
O sol já quasi frio,
Quasi confunde
O meu tremer
De desespero
E a minha sede de ter
O que ainda espero...
Dias perdidos...Dias que hão de vir...
Enquanto o mar nos adormece os sentimentos
Para os sonhos do nosso entardecer...
Fenando de Paços
-1923-2003
excerto do poema
CREPÚSCULO
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