Quinta-feira, 25 de Outubro de 2007

nem tudo que mexe

Se ouro fosse uma flor
Teria um jardim dourado
De águas correntes e sons
Por todo o lado, brilhantes
Poços de minas frescas
De alabastros florescentes
Como que enrolada em espuma
Do tempo onde divago;

Desejo não ter desejos
E olhar estrelas azuis
Melodias inaudíveis
Escritas no feminino, sol
Maior de voz rosada
Em cada face pálida, onde
A mão em forma de noz
Sombreia nevoeiros cinzentos

Outro quinteto de matéria
No areal da praia a Loura
Esmeralda verde-mar limão
Cantares do arco-íris pintado
Ó flores de indecifráveis cores,
Então o mundo está oco...
Graças dos olhos que vejo
Se nem tudo que anda é ouro.

publicado por MateusVoltado às 23:13
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Domingo, 14 de Outubro de 2007

pela insónia costumeira

____andei pelo volume da atmosfera;
_______que a devoção seja mistério
nos apertões em conflitos________
e cada um_______ sabe da sua arte
porque ser peregrino é algo de sério.

os valores do espírito estão no tinto
na forma__inteligente____esquecer
com mil ciclos no ouvido__________
a ferver no cérebro_____descontente
em forma de gente.

ah,____________lúcido para sempre
______num mar de florais e anémonas
onde a decisão se pratica __________
crepúsculo__________ insónia e tempo
__________ no cantar a solidão da gente.

: Confutatis, do Requiam de Mozart

publicado por MateusVoltado às 23:22
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Sábado, 13 de Outubro de 2007

amanhã já te despedes



quem te diz que esta flor não és tu,
que eu sei onde te encontro sem desejo
naquele jardim de fonte d’água limpa,
de medo nocturno e reflexa chuva
caída no terminus d’alba loucura;

na volta deixaste cair com doçura
o manto de seda púrpura no lago
onde navega a saudade em água turva,
sem ventos nem rumores esquecidos
de calúnias mal queridas a pensar...

logo te ergues num salto felino  seco,
rodopiando nas portas daquele reino
onde amar é uma forma de pesca,
seja em águas turvas seja no mar
distante embarcação do navegante.

árvore onde  colhes a luz e as estrelas
num brilho escusado de quem sabe voar,
limite de sons e falas etéreas, esse espaço
dum olhar minucioso perante o céu
de provérbios e luzes, sinais fulgurantes.

publicado por MateusVoltado às 17:45
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