Domingo, 30 de Setembro de 2007
Andam passos da noite projectados
numa sombra de metáforas ao luar, luz
de mar e prata em brilhantes espumas,
equinócio a mar como chuva de Março.
Que risos que ouvidos num eco cerrado
em formas de ondas luminares de Sol
sob profundas escadas do oceano
entre penedos naif e lobos marinhos.
Estádios floridos e maravilhados com
rosas murchas da velha cabeça nua
numa desgraça que não caminha só
arrepiada na assuada que os leva à rua
Onde a morte não chega a viver assim
quase esquecida em fumos e desesperos
numa tarde na praia deitada em tal sorte...
Sexta-feira, 28 de Setembro de 2007
Penso numa janela aberta
Onde o mundo não existe
Penso no tempo que passei a ter
Cuidados comigo; com a palavra
Ser para não parecer com outros
Que de imediato recuso. Descanso
Quando penso que o mal não sou eu
Penso no tempo do Liceu, o que
Aprendi o que sei e me esqueceu
Nas marcas que deixam ficar
E não parecer, nem o lutar de ser
Os impulsos de fazer, diferente
E avançar em percurso, lento
Demais para as ideias feitas...
Quase perfeitas se igualdade fosse
Igual, a partilhas terrosas da floresta
Sem limites de territórios solitários