Sábado, 31 de Março de 2007
“Para Oeste vagueia o olhar:
para Leste navega o barco.”
da ópera Tristão e Isolda, de R.Wagner
para oeste vagueia o olhar:
para leste navega o barco.
o raio de luz atravessa a ilusão
da onda que se desfaz líquida
na alma que passa, migração
predominante de melodia
de efemeridade fantástica
e o tempo de escassa novidade
acolhe a meditação do navegar
deixando para o marinheiro
os prazeres humanos do mar...
para oeste vagueia o olhar:
para leste navega o barco.
Quarta-feira, 21 de Março de 2007
chego à minha etapa
do verso concreto
de espaço branco
estendal secreto
amor-gosto, sol-posto
caminho à sorte, o ocaso;
ousado pensamento
de lento transporte
entre montes e vales
sem perturbar o universo.
Quinta-feira, 8 de Março de 2007
cópia opulenta
de riqueza fresca
com desejo, soa
nos bosques
de cimento
voltados
a quatro ventos
num tempo
presente;
lançado
com firmeza
na marca de palavra
deixando para trás
o que se atrasa,
ritos da cidadela
ecoam momentos
de amor e tristeza
leituras
ao crepúsculo
e regras
entre choques
de luz e farpas
sombras e clarões
se apagam;
ó, reino da incerteza...